Autor: Dr.
Salomão Alves de Moura Brasil – para o Livro
“Aracoiaba, História em Retalhos”
Podemos definir
“Coreto”, como uma obra de arte arquitetônica, com ou sem cobertura, localizado
ao ar livre, em Praças ou Jardins, com o principal objetivo de abrigar Bandas
de Música ou Musicais em Concertos.
O Coreto também
pode ser utilizado para as mais diversas apresentações artísticas e culturais
em Praças Públicas.
Segundo alguns
pesquisadores, na Inglaterra, eles teriam surgido, inicialmente, em meados do
século XVIII e até nas primeiras décadas, antes mesmo da Revolução Francesa,
eles eram chamados de “BANDSTAND”, ou
seja “BAND” no
sentido de Banda
ou Orquestra de Música
e “STAND” no sentido de Tribuna
ou Estrado.
Na França, o
Coreto ficou conhecido como “TRIBUNE DE MUSICIENS” e mais tarde, entre o final
do século XIX e princípios do século XX, surge o “KIOSQUE À MUSIQUE”.
Tais construções
surgiram em Portugal, nos finais
do século XVIII,
como Coretos Móveis e eram conhecidos por “KIOSCOS” ou “QUIOSQUES” e somente no século
XIX, assumiram a denominação de
“CORETOS”.
Em resumo,
podemos dizer que os CORETOS espalhados por todas as partes do mundo, nos mais
diversos continentes, têm muito em comum, ou seja, todos eles usam seus palcos,
para a divulgação de uma das linguagens mais universais, que é a Música.
Quem
inventou o primeiro Coreto, sem sombras de duvidas, tinha em mente, a
divulgação da Música e muito em especial das Bandas de Músicas, característica
acentuada em algumas pequenas Vilas brasileiras, como foi o caso das Vilas de
Baturité, de Aracoiaba e outras, no final do século XIX.
Em
geral, os Coretos sempre foram colocados em pontos centrais e concorridos onde
os habitantes dos lugares se reuniam, aos domingos e dias festivos.
Assim,
desde os séculos passados, ele se tornaram, a atração principal, onde podiam
brilhar as Bandas, por menor que fossem, compostas de músicos, alguns jovens e
outros já mais amadurecidos.
Esses,
usavam trajes a rigor como fardas de cores azuis, acinzentadas ou verde oliva,
enfeitadas de botões bem brilhantes e de bonés iguais, denominados “quepes”.
Pegando em seus
instrumentos musicais eles faziam sonhar e palpitar os corações das jovens
damas da época, que mesmo de longe os admiravam, deixando fluir as emoções que
falavam mais alto, dando quase sempre lugar às lagrimas, não de tristeza, mas
de emoção, alegria e especialmente de saudade
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