quinta-feira, 3 de maio de 2012

CORETO



Autor: Dr. Salomão Alves de Moura Brasil – para o Livro
“Aracoiaba, História em Retalhos”


Podemos definir “Coreto”, como uma obra de arte arquitetônica, com ou sem cobertura, localizado ao ar livre, em Praças ou Jardins, com o principal objetivo de abrigar Bandas de Música ou Musicais em Concertos.
O Coreto também pode ser utilizado para as mais diversas apresentações artísticas e culturais em Praças Públicas.
Segundo alguns pesquisadores, na Inglaterra, eles teriam surgido, inicialmente, em meados do século XVIII e até nas primeiras décadas, antes mesmo da Revolução Francesa, eles eram chamados de  “BANDSTAND”,  ou  seja  “BAND”  no  sentido  de  Banda  ou  Orquestra  de Música  e  “STAND” no sentido de Tribuna ou Estrado.
Na França, o Coreto ficou conhecido como “TRIBUNE DE MUSICIENS” e mais tarde, entre o final do século XIX e princípios do século XX, surge o “KIOSQUE À MUSIQUE”.
Tais construções surgiram em Portugal,  nos  finais  do  século  XVIII,  como Coretos Móveis e eram conhecidos por “KIOSCOS” ou  “QUIOSQUES” e somente no  século  XIX,  assumiram a denominação de “CORETOS”.
Em resumo, podemos dizer que os CORETOS espalhados por todas as partes do mundo, nos mais diversos continentes, têm muito em comum, ou seja, todos eles usam seus palcos, para a divulgação de uma das linguagens mais universais, que é a Música.
Quem inventou o primeiro Coreto, sem sombras de duvidas, tinha em mente, a divulgação da Música e muito em especial das Bandas de Músicas, característica acentuada em algumas pequenas Vilas brasileiras, como foi o caso das Vilas de Baturité, de Aracoiaba e outras, no final do século XIX.
Em geral, os Coretos sempre foram colocados em pontos centrais e concorridos onde os habitantes dos lugares se reuniam, aos domingos e dias festivos.
Assim, desde os séculos passados, ele se tornaram, a atração principal, onde podiam brilhar as Bandas, por menor que fossem, compostas de músicos, alguns jovens e outros já mais amadurecidos.
Esses, usavam trajes a rigor como fardas de cores azuis, acinzentadas ou verde oliva, enfeitadas de botões bem brilhantes e de bonés iguais, denominados “quepes”.
Pegando em seus instrumentos musicais eles faziam sonhar e palpitar os corações das jovens damas da época, que mesmo de longe os admiravam, deixando fluir as emoções que falavam mais alto, dando quase sempre lugar às lagrimas, não de tristeza, mas de emoção, alegria e especialmente de saudade

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