Aos amantes do belo verso e da rima perfeita nada melhor do que deleitar-se com o Soneto
Invocação, do brioso conterrâneo Augusto Cezar de Magalhães.
Invocação.
Divino Salvador, da minha casa,
Sê sempre o protetor e doce amigo,
Já que ama e te exalta e em ti se abrasa,
Já que aceitaste para o teu abrigo.
O teu poder que todo mal arrasa,
Sua defesa seja no perigo
Das tentações, conquanto te compraza
Nele e cair e erguer-se após contigo.
E, como o manso e cristalino veio
Entre montes e vales, leva ao seio
Das tenras florezinhas suavidade,
Traze, Jesus, do teu etéreo assento,
À minha casa - paz, cocórdia, alento,
Amor, fé, esperança e caridade.
Augusto de Magalhães.
Baturite,Ce- 09.12.1889
Rio - 01.05.1941.
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